O Rodoanel Mário Covas é a obra de infra-estrutura mais importante para o Estado. Está sendo construído em torno da Região Metropolitana de São Paulo com o objetivo de aliviar o intenso tráfego, sobretudo de caminhões, nas duas vias marginais da cidade - Pinheiros e Tietê - facilitando o acesso à metrópole. No total, terá 175 km de extensão.
Hoje, mais de 1,1 milhão de veículos chegam à cidade de São Paulo todos os dias vindos de vários pontos do país. Desses, 300 mil estão de passagem e, entre eles, 19 mil caminhões. A obra vai evitar que esses veículos pesados, bem como automóveis de passagem, transitem por dentro da cidade provocando graves congestionamentos.
Por sua importância estratégica, o Rodoanel é uma intervenção fundamental para a logística do Estado e do País porque interliga as dez rodovias (três federais e sete estaduais) que chegam à cidade de São Paulo. O trecho Oeste, com 32 quilômetros, já está concluído.
Com traçado de 61,4 quilômetros de extensão (57 quilômetros de pista e 4,4 km de ligação em Mauá) o trecho Sul começa em Mauá, passa por Santo André, São Bernardo, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu, terminando na ligação com o Trecho Oeste na Régis Bittencourt. O governo do Estado iniciou a obra em maio deste ano e pretende concluir o trecho Sul até abril de 2010.
Com investimentos em torno de R$ 3,6 bilhões (obra, desapropriações, reassentamentos e mitigações e compensações ambientais), o trecho Sul do Rodoanel ligará o trecho Oeste (cinco rodovias) ao sistema Anchieta- Imigrantes, que leva à Baixada Santista e ao Porto de Santos. Seu prolongamento passará pela Av. Papa João XXIII, em Mauá, e possibilitará a conexão com a Av. Jacu-Pêssego.
Trajeto
O trajeto do Rodoanel Mário Covas cruzará os seguintes municípios, todos na região metropolitana de São Paulo.
Trecho oeste (2002)
São Paulo
Barueri
Carapicuíba
Osasco
Cotia
Embu
Trecho sul (2010)
Embu
Itapecerica da Serra
São Paulo
São Bernardo do Campo
Santo André
Ribeirão Pires
Mauá
Trecho leste (2014)
Ferraz de Vasconcelos
Poá
Suzano
Itaquaquecetuba
Trecho norte (2018)
Arujá
Guarulhos
São Paulo
Mairiporã
Caieiras
História
A ideia de uma via perimetral que circundasse o núcleo central da Região Metropolitana de São Paulo foi vislumbrada por urbanistas e autoridades desde a segunda década do século XX. Um primeiro passo em direção ao projeto chegou a ser dado em 1952, quando as frotas da indústria automobilística começaram a tomar as ruas das cidades brasileiras. O esboço de anel rodoviário acabou dando origem às Marginais Tietê e Pinheiros. Trinta anos depois, com essas duas vias já totalmente congestionadas, começaram a ser construídos o Minianel Viário e o Anel Metropolitano.
O plano resultou nas avenidas Jacu Pêssego e Fábio Eduardo Ramos Esquivel. As duas estradas, porém, logo perderam a característica de vias expressas, em função da descontinuidade das obras. Um novo projeto foi feito sete anos mais tarde, com o nome de Grande Anel Rodoviário, mas terminou inviabilizado pela distância da Capital.
Em 1987, teve início a construção da Via Perimetral Metropolitana e, em 1992, foi apresentado um novo projeto com rota similar à do Rodoanel Mário Covas. Esse mesmo traçado, com a modificação do Trecho Norte, que passava por trás da Serra da Cantareira, saiu do papel e virou obra em fins de 1998, por iniciativa do governador Mário Covas.
Será uma rodovia com acesso restrito que contornará a Região Metropolitana num distanciamento de 20 a 40 km do centro do município. A sua extensão total será de 170 km, interligando os grandes corredores de acesso à metrópole: Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Imigrantes, Anchieta, Ayrton Senna, Dutra e Fernão Dias. O projeto contempla dispositivos e medidas operacionais que visam a reduzir as consequências de acidentes com cargas perigosas, controlando e impedindo a contaminação ambiental. Nos túneis está prevista a implantação de sistemas de ventilação e filtros, facilitando a dissipação dos gases já devidamente filtrados.
A construção do Rodoanel Mário Covas está dividida em quatro trechos: Oeste, entregue em Outubro de 2002, Sul, a ser entregue em 27 de março de 2010, Leste e Norte. Seu traçado circunda a Região Metropolitana de São Paulo, cruzando setores urbanos e áreas com características rurais. Estudos realizados pela Dersa antes de 1992 consideraram três alternativas e inúmeras variantes do traçado para o Rodoanel, dentro de um raio de 10 a 40 km de distância do centro da cidade de São Paulo. Essas três alternativas foram avaliadas comparativamente pela Dersa e confirmaram que os volumes de tráfego a serem canalizados pelo empreendimento dependem, principalmente, da macrolocalização do traçado, ou seja, a distância em relação ao centro influi diretamente no volume de tráfego a ser atraído pelo empreendimento, na extensão total do empreendimento e nos tipos de impactos sobre o uso e ocupação do solo onde será implantado.
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