segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Superfaturamento na obra do Rodoanel

Laudo vê superfaturamento na obra do Rodoanel
Adriana Ferraz
do Agora
Denúncias de superfaturamento na construção do trecho sul do Rodoanel apontam prejuízo de R$ 184,4 milhões aos cofres públicos. Segundo relatório de técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União), a obra teve a compra de itens com valor, em média, 30% acima dos preços usados como referência no orçamento.
Estado nega denúncias
A auditoria, realizada entre maio e julho de 2008, também aponta alterações no projeto básico. Para reduzir os custos, ainda segundo o TCU, as empresas contratadas alteraram métodos construtivos com redução no número de vigas usadas em pontes, substituição de estacas metálicas por pré-moldadas e troca de areia por brita em muros de contenção, por exemplo.
Assim, usaram menos material na construção, mas receberam o mesmo dinheiro, segundo o documento.
Para o TCU, as irregularidades são “graves” e resultam numa “combinação altamente danosa às finanças” da União –a obra é resultado de uma parceria entre os governos federal e estadual. “O desdobramento do processo pode gerar repactuação contratual, anulação de contrato e ressarcimento de valores.” As medidas só poderão ser adotadas após o parecer dos ministros, ainda sem data.
Com custo total de R$ 3,6 bilhões, a obra é dividida em cinco lotes entre a Dersa e consórcios de empreiteiras. Em todos há diferenças entre o preço calculado e o previsto em orçamento. Os itens com os maiores sobrepreços absolutos são compactação de aterro, compra de concreto altamente resistente, transporte de material escavado e limpeza. Na análise unitária, há diferenças de até 111,5%.
O lote 5, assumido pelo consórcio OAS/Mendes Jr., é o que soma a maior quantia sob suspeita: R$ 42,2 milhões. O menor valor (R$ 21,3 milhões) está no lote 3, do consórcio Queiroz Galvão/CR Almeida. Ambos participam também do projeto de ampliação do metrô em São Paulo.
Notícia publicada no blog Agora do Paulo Henrique Amorim, no dia 17 de abril de 2009

Crônica.

As pessoas e as enchentes

Asfalto, concreto, arranha-céus,
Mais asfalto para carros das indústrias automobilísticas
Rios atropelados por mais concreto e asfalto

A cidade cresce, as pessoas são atraídas pelos anúncios de trabalho
A indústria cresce, as pessoas são atraídas pelos anúncios de trabalho
A cidade e a indústria atropelam as pessoas

As áreas centrais se valorizam, e há especulação imobiliária
As imobiliárias e seus donos especulam, sempre favorecendo os ricos
As imobiliárias, os ricos e o poder público, nas mãos destes,
Atropelam os trabalhadores e os expulsam para as periferias

As cíclicas crises capitalistas desmantelam a vida dos trabalhadores
Trabalhadores foram expulsos para a periferia por falta de moradia,
Por falta de emprego, por falta de muitas outras coisas...

Foram morar onde dava pra ocupar, e ocuparam, por necessidade
Engenheiros, geólogos, arquitetos, geógrafos, historiadores, advogados, economistas, vocês todos do poder público municipal deveriam se pronunciar

Cadê o plano diretor, o estatuto da cidade, as zonas especiais de interesse social, o respeito com as pessoas ?

E o kassab, comemora os 456 anos da cidade de São Paulo com festa diante das cenas trágicas no Grajaú (zona sul), na Cidade Dutra (zona sul), no Jd. Romano (zona leste), na comunidade Pantanal (zona leste), na zona norte e oeste também ?

Cadê a folha de são paulo, o estado de são paulo, a revista veja, a revista época, a rede globo, o sbt, o diário de são paulo, a radio cbn, a radio bandeirantes, os fotógrafos de plantão, os partidos políticos e o kassab ?

Além do aumento da passagem de 2,30 para 2,70, do aumento do iptu de 40% e 60% (por que não aumentam só para os ricos ?), do descaso com os Céus, do corte de verbas para a coleta de lixo, do desvio de verbas das merendas escolares, dos estragos do roanel (do serra) na zona leste no Jd. Iguatemi, no Jd. da Conquista, no Carrãozinho, em São Mateus como um todo (nas áreas de proteção ambiental), em Mauá, na zona sul em Parelheiros (nas áreas de proteção ambiental), ainda temos que agüentar o kassab (aquele que desempregou um trabalhador e depois o chamou de vagabundo, lembra-se ?) dizendo que a culpa é das pessoas que jogam lixo nas ruas (repito: e o corte de verbas na coleta de lixo) e da natureza que está se vingando ? Conta outra vai...
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Cristiano Pereira de Andrade